Nos últimos 6 dias, eu e Dudu viajamos pela Queen Charlotte Track, uma trilha de 71 km na região de Picton, porto de chegada na Ilha do Sul da Nova Zelândia. A península é belíssima, com montanhas pontudas que avançam para o mar esmeralda, árvores nativas – samambaias e manuka, que dá um mel delicioso – e centanas de wakis, um tipo de galinha do mato.
Partimos de Picton num aqua taxi que nos deixou no começo da trilha. Nas costas, barraca, sacos de dormir, uma muda de roupa, comida para 4 dias. Um peso danado! Depois de looongos 28 km em um dia, descobrimos que as agências de aqua taxi levariam nossa bagagem de um ponto a outro da trilha por 16 dólares cada (achei bem salgadinho).
Mesmo tendo que pagar por cada item extra, a boa infra-estrutura do turismo nos impressionou: ligações gratuitas para agências, banheiros e áreas de descanso por todo o percurso e NENHUMA LATA DE LIXO! A mão-de-obra é realmente escassa na Nova Zê e não tem nenhum Zé Colméia para catar seu lixo. Além do mais, sentir o peso e o cheirinho dos seus restos testa a força de vontade e a responsabilidade do ecoturista com o meio que ele desfruta. E parece que funciona: não vi nada além de folhas, flores e cogumelos vermelhos pelas matas da Queen Charlotte.
Nos últimos 20 km da trilha, demos de frente com um conteiner imenso de lixo. Por dois dólares, nos livramos da nossa sacolinha plástica e pudemos seguir viagem até Picton de caiaque. Ser sustentável tem seu peso (e seu preço) e vale muito a pena!
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