15 de dez. de 2009

parceria no campo e na mesa

Desde a década de 50, a agricultura familiar foi suplantada pela industrial nos Estados Unidos. Quem já viu o vídeo Meatrix tem uma ideia do que esse tranformação acarretou para o meio ambiente, para a qualidade do alimentos e para a nossa saúde.

Uma porção de gente que tinha seu quinhão de terra e produzia frutas, verduras, legumes, que criava a bicharada livre, leve e solta não teve outra saída senão se mandar para as cidades ou mudar de atividade. Explosão demográfica na urbes e a herança rural escoado pelo ralo.

Quase 50 anos depois, nasce um movimento de retomada da agricultura orgânica famliiar. É o Community Support Agriculture (CSA), um programa que nasceu da inciativa de gente atenta a qualidade de vida do planeta e cansada de se entupir de alimentos de péssima qualidade nutricional. O que a comunidade faz? Apóia a agricultura orgânica. Como? Pagando uma taxa anual diretamente ao produtor. Com a grana, ele dá o start na produção - compra sementes, equipamentos, material, etc. E o "investidor" recebe uma parte de tudo que é colhido na estação. Na safra da abobrinha, é abobrinha que não acaba mais. Um amigo de São Francisco faz parte do programa, por acreditar na mudança sócioambiental que o CSA promove por lá. Mas também ouvi dele uma ligeira reclamação da "mesmice" de alimentos durante certa época do ano. "No tempo do tomate, a geladeira fica forrada do fruto. Você precisa ser muito criativo e inventar pratos diferentes com o mesmo produto", contou Chris.

Isso me fez pensar como estamos desacostumados com os ciclos naturais. Porque a gente vai no mercado e encontra manga em pleno inverno! E outras esquizitices do gênero. Então o CSA é uma maneira de conectar o homem da cidade ao campo e a sua gente, de ofereer uma vida digna ao agricultor e ficar tranquilo com a origem e qualidade do que você leva pra sua mesa. Não é preciso esperar nenhuma empresa ou governos para dar o primeiro passo em direção ao mundo que queremos viver.